terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Just Like Edward & Bella


eu era um vampiro e ela era o sangue mais doce que eu havia cheirado em oitenta anos.


"os travesseiros parecem ter sobrevivido."
"infelizmente, eu não posso dizer o mesmo da sua, er, camisola." ele acenou com a cabeça em direção ao pé da cama, onde vários pedaços de fita preta estavam jogados nos lençóis de seda.
"isso é muito ruim," eu disse. "eu gostava daquela."
"eu também."
"houve mais algum acaso?" eu perguntei timidamente.
"eu terei que comprar esme uma nova cabeceira," ele confessou, olhando acima de seus ombros. eu segui seu olhar e fiquei chocada em ver que pedaços de madeira pareciam ter sido arrancados do lado esquerdo da cabeceira.


"what?"
"i can't dance."
"well... i can always make you."

"o crepúsculo, de novo" murmurou ele - "outro fim. mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim."

"estou aqui, o que, numa tradução grosseira, significa que eu preferiria morrer do que ficar longe de você." eu fiz uma careta - "eu sou uma idiota."
"você é uma idiota" ele concordou, sorrindo.


minha vida era uma meia-noite imutável, infinita. devia ser, por necessidade, sempre meia-noite para mim. então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem no meio da minha meia-noite?

"mas o que você já cobiçou?" eu perguntei duvidosamente. "você tem tudo."
"eu cobicei você", o sorriso dele escureceu. "eu não tinha o direito de querer você - mas eu fui lá e te peguei do mesmo jeito. e agora veja o que você se tornou! tentando seduzir um vampiro!"

"incrível", Edward murmurou. "como é que alguém tão pequeno pode ser tão irritante?"

"do I dazzled you?"
"frequently."

um coração morto e congelado poderia se quebrar? parecia que o meu podia.

"edward," bella disse.
eu congelei, olhando para os olhos fechados dela.
ela tinha acordado, me pego aqui? ela parecia adormecida, mas, ainda assim, a voz dela tinha soado tão clara...
ela suspirou silenciosamente e se moveu agitadamente outra vez, rolando para o lado - ainda dormindo profundamente e sonhando.
"edward," ela murmurou suavemente.
ela estava sonhando comigo.

um coração morto e congelado poderia voltar a bater? parecia que o meu ia.

" I can't live in a world where you don't exist."

"se todo o resto perecesse e ele permanecesse, eu deveria continuar a existir; se todo o resto permanecesse, e ele fosse aniquilado, o universo se transformaria em um poderoso estranho", eu balancei a cabeça, de novo pra mim mesma.
"eu sei exatamente o que ela quer dizer. eu sei quem eu não posso viver sem."

eu encarei dentro de seus olhos, arregalados sob a grossa camada de cílios, e ansiei por dormir. não pelo alívio, não para escapar do aborrecimento, mas porque eu queria sonhar. talvez, se eu fosse capaz de ficar inconsciente, se eu pudesse sonhar, eu poderia viver por algumas horas num mundo onde ela e eu pudéssemos ficar juntos. ela sonhava comigo. eu queria sonhar com ela.

you don't care if i'm a monster? if i'm not human?"
"no."

quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim.

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